domingo, 21 de agosto de 2011

Mais uma vez.

Hoje, eu caminhei muito para chegar ao destino final. Narrarei alguns detalhes.

Logo de começo me deparei com uma leve e fina chuva que poderia ser perfeitamente notada por cada parte do meu corpo descoberto por minhas roupas, como por exemplo, minhas mãos e minha face. Ela era tão pequena, tão minúscula, mas era percebida, incomodava, mesmo com sua pequenez, teimava para eu notá-la.

Eu poderia simplesmente correr para tê-la por menos tempo, me veio à cabeça, mas não a fiz.

Após algumas passadas grandes e sossegadas eu já me encontrava no meio de meu árduo destino. O que era fina foi se engrossando, e o que era suportável foi se tornando irritante e de controle pouco estável. Eu não via a hora de ver o fim para me livrar desta chata companhia que insistia em me seguir.

Já nos últimos metros, uma forte rajada me pegou de surpresa, na qual cada gota, grossas e densas, pareciam pedras ao se chocar com o meu corpo. Durante alguns segundos pensei em me atirar ao chão e desistir de toda aquela caminhada, eu estava inconformado com a forma que teria que suportar tudo isso, mas as próprias gotas que impulsionavam meu corpo, me fez lembrar que existia alguma coisa dentro de mim que pulsava e esbanjava vontade de continuar, de lutar e viver.

Foi dessa forma que eu criei forças e enfrentei as adversidades, eu sabia que existiam pessoas me esperando em casa, amigos aguardando por notícias e desconhecidos que em um futuro próximo me conheceria. Eu consegui, eu lutei para superar mais uma vez essa tormenta que me persegue em dias nublados e tristes.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

E foi a melhor opção?


Você fala de forma que parece ter sido tão simples, tão natural, apenas achou melhor que seria assim e pronto, acabou. De tantos momentos, de tantas ajudas e conversas que fui capaz de viver com você, de anos juntos, te ensinando e aprendendo com você, um irmão. Porém, pouco importa o que aconteceu no dia, mas NADA, seria motivo pra TUDO isso.

Você preferiu se calar e deixar dúvidas na cabeça de todos, para que ninguém entendesse o que se passava, se alguém errou, se alguém falhou, uma conversa bem sincera resolveria na hora, as falhas seriam corrigidas, os erros perdoados, pelo menos eu esperava por isso. MAS não, não foi assim, tudo que aconteceu foi uma discussão e um silêncio arrogante, individual e orgulhoso.

Eu errei em não perceber a sua necessidade em ter alguém para ouvir, mas você simplesmente escolheu o caminho de se revoltar contra tudo e todos. Eu sou humano, tenho sentimentos e você sabe muito bem que prezo muito minhas amizades. Eu posso ter deixado as suas palavras um pouco de lado por estar ‘desesperado’ em ver meu coração partido e mesmo assim eu confiava em você, sabia que me apoiaria e poderia conversar comigo algumas horas depois, surpreendentemente eu estava errado, você fez com que estivesse errado.

Agora, eu não tenho vergonha e muito menos orgulho em dizer que me importo, se você soubesse de quantas vezes pensei no que levou a tudo isso, você riria de mim, debocharia de tão ‘tolo’ que fui. Não sei se você, mas eu sim, todo dia tentando te entender e perceber se estava bem, afinal, você não era qualquer um, era um deles.

Eu nunca te obriguei a nada, nem ao menos falar comigo quando não quis, quem era eu para ter esse direito, talvez eu tenha dito algumas palavras perturbadoras, pois estava ‘desesperado’ em perder alguém querido, afinal, eu também posso errar.

Se não estava tudo bem eu te perguntava: “Está tudo bem? O que você tem a falar?”, e você nunca falava nada, eu te conhecia bem, mas não podia adivinhar o que queria demonstrar. Eu não poderia me tornar mais ‘aceitável’ para você se eu nem sabia o que se passava por sua cabeça. Caso tivesse me falado, eu poderia ter segurado uma risada, ter me calado em uma piada, ter ouvido em vez de falar, estar ao seu lado e não me iludir, quem sabe, talvez.

Eu estou feliz por você estar expressando, muito bem por sinal, da mesma forma que eu, escrevendo (sim, eu li), porém, eu não sei se posso mais acreditar, pois em meu coração não está nenhuma expectativa de futuro para nós, não mais, e sim, reside dentro dele um passado alegre, feliz, divertido e amigo que hoje, está ferido pela mágoa que de nada posso fazer.