domingo, 21 de agosto de 2011

Mais uma vez.

Hoje, eu caminhei muito para chegar ao destino final. Narrarei alguns detalhes.

Logo de começo me deparei com uma leve e fina chuva que poderia ser perfeitamente notada por cada parte do meu corpo descoberto por minhas roupas, como por exemplo, minhas mãos e minha face. Ela era tão pequena, tão minúscula, mas era percebida, incomodava, mesmo com sua pequenez, teimava para eu notá-la.

Eu poderia simplesmente correr para tê-la por menos tempo, me veio à cabeça, mas não a fiz.

Após algumas passadas grandes e sossegadas eu já me encontrava no meio de meu árduo destino. O que era fina foi se engrossando, e o que era suportável foi se tornando irritante e de controle pouco estável. Eu não via a hora de ver o fim para me livrar desta chata companhia que insistia em me seguir.

Já nos últimos metros, uma forte rajada me pegou de surpresa, na qual cada gota, grossas e densas, pareciam pedras ao se chocar com o meu corpo. Durante alguns segundos pensei em me atirar ao chão e desistir de toda aquela caminhada, eu estava inconformado com a forma que teria que suportar tudo isso, mas as próprias gotas que impulsionavam meu corpo, me fez lembrar que existia alguma coisa dentro de mim que pulsava e esbanjava vontade de continuar, de lutar e viver.

Foi dessa forma que eu criei forças e enfrentei as adversidades, eu sabia que existiam pessoas me esperando em casa, amigos aguardando por notícias e desconhecidos que em um futuro próximo me conheceria. Eu consegui, eu lutei para superar mais uma vez essa tormenta que me persegue em dias nublados e tristes.

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